Metrossexual é um termo originado nos finais dos anos 90, pela junção das palavras metropolitano e heterossexual, sendo uma gíria para um homem heterossexual urbano excessivamente preocupado com a aparência, gastando grande parte do seu tempo e dinheiro em cosméticos, acessórios e roupas de marca. Seria o inverso do conceito de retrossexual, ou seja, aquele homem que gosta de carros, cerveja e esporte, por exemplo.
Foi usado pela primeira vez em 1994 pelo jornalista britânico Mark Simpson e foi aproveitado pelas revistas masculinas britânicas e norte-americanas para fazerem desta definição o seu público-alvo. Depois da sua utilização ter decrescido nos EUA, o termo foi re-introduzido em 2000 a par da diminuição dos tabus relativos à cultura gay (e com a qual este termo era frequentemente confundido).
Mas só em 2002 é que o termo se vulgarizou. Tudo começou com um novo artigo de Mark Simpson, onde afirma que um exemplo conhecido de alguém que se encaixa no perfil do metrossexual é David Beckham, ex- atleta do Real Madrid, hoje no Milan, que gosta de passar o dia nas compras, fazer as unhas, ir ao cabeleireiro ou cuidar do corpo. Após a publicação desse artigo, a firma Euro RCSG Worldwide adotou-o numa pesquisa de mercado e o jornal New York Times deu uma grande destaque à metrossexualidade, difundindo amplamente o termo.
Os homens metrosexuais frequentam os salões de beleza, hidratam o cabelo, cuidam da pele e do corpo, fazem massagens, tratamentos relaxantes, limpeza de pele, hidratações, pintam e cuidam das unhas, usam a depilação para se livrarem dos pelos da região torácica e costas, usam adereços da moda e se maquiam, Também é necessário para ser um bom metrosexual, fazer bronzeamento artificial, pois são vaidosos, se distraem e cuidando do ego.
Talvez este comportamento masculino recente não passe de uma tentativa inconsciente do homem para “negociar” e ser aceito pela mulher do novo século, mulher esta que não aceita mais o estereotipo do “machão” brasileiro. Por outro lado, pode ser também uma maior liberdade pelo direito à diversidade sexual que possibilitou que os homens “saíssem do armário”. Muitas pessoas ainda têm certo preconceito contra metrosexuais, mas a boa parte das mulheres e homens adoram.
O fato é que o novo milênio trouxe consigo o homem moderno, vaidoso e sem rótulos que gosta de produtos de beleza e se interessa por moda sem receio de ser apontado como homossexual, curte perfumes, cuida do corpo e se preocupa com o envelhecimento. É o chamado überssexual.
O METROSEXUAL NO CINEMA
A pouco mais de uma década, tem se tornado figurinha fácil nas telas de cinema, pesonagens masculinos com maior liberdade e preocupação com sua estética. Os ditos “metrosexuais”. Perpetuados pela Industria Cultural seja nos filme de ação ou romance , o estilo metrosexual tem sido freqüentemente abordado nos filmes mais famosos de Holliwood, talvez pela necessidade da Industria Cultural em satisfazer o anseio desse mercado ascendente.
A inserção destes personagens tornou-se cada vez mais sensível ao longo do tempo. Desde o ano 2000 com os filmes Psicopata Americano e Do que as Mulheres Gostam, personagens mais vaidosos penetraram nas narrativas de destaque do cinema.
Em Psicopata Americano, como cita Dayse Barreto_ colunista do site Profissão Moda_ o ator Christian Bale interpreta no filme um serial killer rico, bonito, inteligente, que não se priva de certos mimos consigo para manter seu corpo um atrativo fatal às suas vítimas. Enquanto Do que as Mulheres Gostam, o personagem interpretado por Mel Gibson tenta “entrar” na alma feminina após usar os produtos de um kit que contém esmalte, meia-fina e cera depilatória.
Assista Trecho de Psicopata Americano:
Essa nova tendência social, tem se refletido no cinema a tal ponto que alguns filmes já trouxeram novas personalidades para seus protagonistas. Se antes estávamos acostumados a ver filmes como Rambo, Bradock, Exterminador do Futuro, ou as adaptações dos quadrinhos: Homem Aranha, Superman, Hulk, onde os atoresse mostravam como seres de imensa brutalidade e aspereza, lidamos hoje com heróis e protagonistas menos brutos ou grotescos e mais humanos.
Trailer Homem Aranha
Hoje, as próprias re-edições das adaptações quadrinistas trazem seus heróis adaptados a esta tendência contrapondo a sua força e resistência à sensibilidade do homem moderno. É o que ocorre por exemplo nos novos filmes do Homem Aranha, em que Peter Parker, aparece esteticamente mais bem cuidado, valorizando esse aspecto sensível.
Isso mostra que o homem está passando por uma transição revelada em sua maneira de se comportar como personagem social. É daí, da junção entre metrópole e homem, que surge “um homem urbano com um forte senso estético e que gasta grande parte de seu tempo e dinheiro em sua aparência e estilo de vida”. Ou seja, metrosexual.
Masculino e feminino
(Baby Consuelo, Didi Gomes e Pepeu Gomes)
Ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo que aprendi
E um belo dia eu vi
Que ser um homem feminino
Não fere o meu lado masculino
Se deus é menina e menino
Sou masculino e feminino
Olhei tudo que aprendi
Que um belo dia eu vi
E vem de lá o meu sentimento de ser
Meu coração mensageiro vem me dizer
Salve, salve a alegria
A pureza e a fantasia
Vou assim todo o tempo
Vivendo e aprendendo
Lençóis Maranhenses, 2018
Há 6 anos
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