sábado, 25 de abril de 2009

O Globo, o delegado, o estuprador

Sobre a linguagem jornalística II.


Homem é preso por engravidar filha de 15 anos em Santa Catarina e diz que tinha 'direito'. Notícia na integra, em
http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2009/04/25/homem-preso-por-engravidar-filha-de-15-anos-em-santa-catarina-diz-que-tinha-direito-755435759.asp

Diz a notícia: "Segundo o delegado, o homem não teria a dimensão do que está acontecendo. Ele achava "normal" violentar a filha, porque era seu pai e poderia ter esse "direito". O agricultor passará por exames psiquiátricos. A polícia investiga se o filho que a menina espera é mesmo do pai dela".

Comovente a defesa do delegado. Será que O Globo consultou o advogado defensor, em vez do delegado?

Mais uma prova da urgente necessidade de: -instalar mais delegacias da mulher, especialmente na área rural; - capacitar delegados nas questões de gênero - sensibilizar jornalistas nas questões de gênero, para parar de repetir com a maior naturalidade barbaridades como esta, do delegado. A barbaridade do estrupro não precisa de maiores observações.

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