quinta-feira, 26 de março de 2009

Qual o sexo do seu cérebro?

Achei isso interessante no site da Revista Época e gostaria de compartilhar com vocês.

Uma neuropsicologista chamada Anne Moir, da Universidade de Oxford, na Inglaterra, acha ter descoberto a causa da homossexualidade e a sua cura, possivelmente, seja: TESTOSTERONA (para os homens).

Até que ponto isso pode ser verdade? Eu, particularmente, achei o teste muito bobo.

Qual é o sexo do seu cérebro?

O cérebro humano pode ser feminino ou masculino independentemente do sexo biológico de uma pessoa. Faça o teste e saiba se o seu cérebro tem o mesmo sexo que seu corpo.

CLIQUE AQUI PARA FAZER O TESTE!


sexta-feira, 20 de março de 2009

Antes de ler Sandra Harding...II

Continuo postando trechos do Dossiê Bioética e as Mulheres. Por uma bioética não sexista, anti-racista e libertária, da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos – RedeSaúde, produzido por Fátima Oliveira e Joaquim Mota.


Opiniões científicas sobre o óvulo!!!!
"A título de ilustração, vejamos um fato paradigmático que demonstra o estereótipo sexista nas biociências, o que com certeza apresenta reflexos consideráveis, que se materializam em entraves, também na bioética. Maria Teresa Citeli, no artigo “Fazendo diferenças: teorias sobre gênero, corpo e comportamento humano”, resgata o que ela considera um “bom exemplo de metáfora determinista”, que foi apresentado por Emily Martin (1996) no texto intitulado “The egg and the sperm: how science has constructed a romance based on stereotypical male-female roles” (Citeli, 2000).

E. Martin analisou textos básicos para cursos de medicina, nos quais espermatozóide e óvulo são descritos segundo as imagens ideológicas históricas de fortaleza (para os machos) e de
fragilidade (para as fêmeas). Aos futuros médicos e médicas, esses textos apresentam: “o
espermatozóide, invariavelmente ativo, ágil, com caudas rápidas e fortes, e o óvulo – passivo, à espera do espermatozóide e, depois fecundado, transportado, varrido, arrebatado, seguindo à deriva pela trompa de Falópio – quase uma bela adormecida, ‘uma noiva dormente acordada pelo beijo mágico do companheiro, que lhe insufla o espírito que a traz para a vida’”. (Schatten e Schatten, citados por Martin, 1996)

Essa imagem literária baseava-se em pesquisas segundo as quais parte do revestimento interno do óvulo, chamada “zona”, formaria uma barreira impenetrável, levando o espermatozóide a utilizar meios mecânicos (a força propulsora da cauda) e químicos (uma enzima) para superá-la.

Citeli acrescenta que Martin encontrou, em três pesquisas da década de 1980, dados que
possibilitavam abolir o imaginário sexista a respeito do óvulo; por exemplo, a realidade de que “a propulsão da cauda do espermatozóide é muito fraca e que a superfície do óvulo é preparada para pegá-lo antes que escape e que ambos contêm moléculas adesivas que facilitam o encontro”; todavia, “a única diferença relatada nos respectivos papers é que a função de atacar e penetrar, atribuída ao espermatozóide, aparece sendo desempenhada mais fracamente – provavelmente pelo fato de essa nova versão contrariar as expectativas culturais. Posteriormente, os mesmos cientistas reconceituaram o papel do óvulo que, então, passou a ser visto como mais ativo: a ‘zona’ é apresentada como uma agressiva e implacável caçadora de espermatozóides, com detalhes que associam o óvulo, agora, a uma aranha viúva negra”! (Citeli, 2000)

http://www.redesaude.org.br/Homepage/Dossi%EAs/Dossi%EA%20Bio%E9tica%20e%20as%20Mulheres.pdf

Antes de ler Sandra Harding...

Acho interessante ler este trecho do Dossiê Bioética e as Mulheres. Por uma bioética não sexista, anti-racista e libertária, da Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos – RedeSaúde, produzido por Fátima Oliveira e Joaquim Mota.

Opiniões “científicas” sobre as mulheres.
As ciências biológicas, desde sempre, têm uma grande dívida com as mulheres. Herdeiras da tradição filosófica da antiga Grécia, as ciências biológicas incluíram em suas análises algumas “certezas”, como, por exemplo, a de Platão, ao afirmar que as mulheres eram reencarnação daqueles homens que, na primeira encarnação, se comportaram mal ou de forma covarde. Nascer mulher era, assim, uma punição dos deuses. Aristóteles, seguindo seu mestre Platão, conferiu valor científico a essa afirmativa, dizendo que as mulheres decerto não possuíam alma, condição para serem consideradas pessoas.
A partir de então, as ciências se desenvolveram e o fizeram baseadas na inferioridade das
carentes de alma e no único destino que poderiam ter, o “destino biológico” de procriar. Não é
à toa que a lenda bíblica conta que a mulher se originou de uma costela de Adão...
Na Idade Média, embora essas “verdades” permanecessem intocáveis, as mulheres
desenvolveram experiências e aprendizados e acumularam saberes, sobretudo na arte de curar e na obstetrícia. Desde a Antigüidade mais remota até o século XVII, a obstetrícia era uma
atividade desempenhada quase exclusivamente por mulheres, embora já no século XV os
cirurgiões começassem a se interessar pela arte de fazer parto.
Até o século XIV existem registros de mulheres médicas. A arte de curar era um misto de magia e conhecimento de ervas medicinais e conferia a quem a exercia – mulher ou homem – um grande poder e o status de sábio/a.
Gradativamente o saber masculino foi sendo oficializado. No século XV, teve início a
institucionalização da medicina, e freqüentar a Universidade – lugar proibido para as mulheres – passou a ser pré-requisito para seu exercício. O saber feminino é visto então como anticientífico,
uma vez que não foi aprendido nas escolas. Com a caça às bruxas, o exercício da arte de curar
pelas mulheres passa a ser considerado crime de feitiçaria. Algumas autoras feministas têm dito
que “a caça às bruxas foi um expediente de que se serviu a classe médica masculina para eliminar a concorrência das mulheres” (Lucia Tosi, química argentina radicada na França).
(Fonte: Tosi, 1987).
Com as grandes revoluções científicas, um mundo novo se delineia. A nova ciência biológica, em
parceria com o capitalismo, que também se apresentava como a redenção da humanidade,
pouco fez, no entanto, em relação às mulheres. Pensou-se, é certo, em uma nova natureza
feminina, só que partindo do reconhecimento das pseudoverdades da filosofia grega.
Embora o mito dos “poderes satânicos” das mulheres tenha caído por terra, perduraram as
idéias correntes dos poderes e fluidos maléficos dos ovários, das vaginas denteadas e vorazes,
do furor uterino e do fogo que se desprendia dos úteros das mulheres viúvas, das separadas e
das sexualmente insatisfeitas. A menstruação era um sêmen impuro, pelo qual as mulheres
perdiam enorme energia vital. O corpo feminino era governado pela “mãe do corpo” (o útero).
A frenologia afirmava que o cérebro feminino era menor que o masculino, sendo quase inútil. A
teoria dos instintos conferia às mulheres uma natureza animalesca.
Hoje, a endocrinologia afirma que as mulheres jamais fugirão da “prisão hormonal” e a
neurologia, às vezes, tenta fazer da diferença biológica uma “jaula para o instinto feminino”.
O dossiê completo está em:

http://www.redesaude.org.br/Homepage/Dossi%EAs/Dossi%EA%20Bio%E9tica%20e%20as%20Mulheres.pdf

quarta-feira, 18 de março de 2009

Frida Khalo, uma mulher marca

Que diria Frida ao ver seu nome como uma marca corporativa? Não importa, porque ela é morta e seus descendentes (uma sobrinha e familia) criaram a Frida Khalo Corporation, empresa que gerencia seu nome. Isto é, seu nome-marca.

O site é bonito, tem algumas fotos e algumas imagens das obras. Todo bem arrumado e protegido. De fato, quem visita o museu de Frida, em Coyoacán, só pode bater umas fotos no pátio. Imagens do resto da casa, nada. Tudo com copyright.
http://www.fkahlo.com/

Genero, sexualidade, educacao. Uma perspectiva pós estruturalista

Quem não conseguiu a xerox, segue o link para baixar o PDF do livro da Guacira Louro, Genero, sexualidade, educacao. Uma perspectiva pós estruturalista

Boa leitura!

sexta-feira, 13 de março de 2009

Programa da Disciplina Com319 Teorias Especiais em Comunicação

EMENTA
Gênero e Comunicação. Introdução às principais teorias sobre gênero sexual, feminismo e identidades sexuais, focalizando-se nas representações midiáticas. Discussão sobre conceito de identidade, representação, mídia, sexo e gênero.


OBJETIVOS
O curso visa promover um conhecimento geral sobre problemas, conceitos e perspectivas em torno dos fenômenos da comunicação social a partir de uma perspectiva de gênero, estimulando o debate conceitual e oferecendo ferramentas teóricas e metodológicas para analisar esses fenômenos assim como os produtos da cultura midiática contemporânea.

Objetivos específicos:

- sensibilizar e refletir acerca das questões de gênero relacionadas com a produção e recepção de meios de comunicação;
- compreender as relações de gênero no marco da construção de uma cultura de respeito aos direitos humanos;
- proporcionar informação sobre os conceitos teóricos em comunicação e gênero e suas implicações sociais e políticas;
- promover uma visão crítica dos meios de comunicação no que se refere ao tratamento das questões de gênero;
- desenvolver metodologias de análise dos diversos meios de comunicação, sensíveis às questões de gênero.


METODOLOGIA

Seminários temáticos; discussão de filmes.
Debates e comentários no blog: http://com-fem.blogspot.com/


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


- conceitos de gênero, sexualidade
- o feminismo na historia
- o feminismo e o campo da comunicação
- a representação das mulheres
- as identidades generizadas


BIBLIOGRAFIA


ESCOSTEGUI, Carolina. As relações de gênero nos estudos de recepção: notas sobre metodologias de pesquisa e suas repercussões teóricas. Trabalho apresentado no NP13 – Núcleo de Pesquisa Comunicação e Cultura das Minorias, XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação,Intercom, Salvador/BA, 04 e 05. setembro.2002.
BOURDIEU, Pierre. “Introdução. A dominação masculina”. In Educação & Realidade. 20(2):133-184, jul./dez. 1995.
HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. In: Revista Estudos Feministas, n.1, CIEC/ECO/UFRJ, primeiro semestre, 1993, p. 7 a 31.
HARAWAY, Donna. Um manifesto para os Cyborgs: ciência, tecnologia e feminismo socialista na década de 80.In: HOLLANDA, Heloisa B.(Org.) Tendencias e Impasses. O feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro, Rocco, 1994.
HARAWAY, Donna. O humano numa paisagem pós-humanista. In: Revista Estudos Feministas. n.2,
CIEC/ECO/UFRJ,1993, p.277-292(b)
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, Sexualidade e Educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. RJ: Vozes, 1997, p.14-56. (a)
LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer - uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas. V.9 n.2, Florianópolis 2001. (online)(b)
LAURETIS, Teresa de. Alicia ya no. Feminismo, Semiótica, Cine. Madrid: Cátedra, 1992, p. 9 -23 e 63-67.
SILVA, Tomaz. A produção social da identidade e da diferença. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença. A perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis, Vozes, 2007, p 73 a 102.
HALL, Stuart. Quem precisa da identidade? In: SIVA, Tomaz.T. (Org.) Identidade e diferença. A perspectiva dos estudos culturais. SP: Vozes, 2007, p. 103-131.
NATANSOHN, L. Graciela. Cap. 4.2 Os estudos culturais e o feminismo In: Consultando médicos na TV: meios de comunicação, mulheres, medicina. Tese de doutorado. PPGCCC/UFBA, 2003. (online)(a)
NATANSOHN, L. Graciela Cap. 4.5, A produção midiática de sentidos sobre a saúde reprodutiva. In: Consultando médicos na TV: meios de comunicação, mulheres, medicina. Tese de doutorado. PPGCCC/UFBA, 2003. (online)(b)
VALADARES, V. e outros.Frida Khalo, corpo que fala. In: TEXEIRA, Inês A. de C.; LOPES, José de S.M. (Org.) A mulher vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.65-74.
EITERER, Carmem. A vida em Antonia. In: TEXEIRA, Inês A. de C.; LOPES, José de S.M. (Org.) A mulher vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.165-176.
PASSOS, L. e SATO, M. As Horas. In: TEXEIRA, Inês A. de C.; LOPES, José de S.M. (Org.) A mulher vai ao cinema. Belo Horizonte: Autêntica, 2005, p.205-218.
MENEZES, Paulo. Problematizando a “representação”: fundamentos sociológicos da relação entre cinema, real e sociedade. In: RAMOS, F. et alii (Org). Estudos de Cinema 2000. Socine. Porto Alegre: Sulina, 2001, p. 333-348.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Sexta feira, 13, bom dia para começar!

Proxima sexta feira, 13 de março, a disciplina COM 319, Teorias Especiais em Comunicação, dá inicio a suas atividades acadêmicas. Sejam Bem-vindos!